Análise da Tendência Recente nas Mudanças de Ativos dos Grandes Bancos Americanos [Dinheiro - Títulos - Empréstimos por Tamanho do Banco]

Analisei brevemente as tendências dos ativos dos bancos americanos para entender a direção geral recente.

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Abaixo, apresento a tendência dos ativos totais (total assets) de bancos grandes e pequenos desde 2015 até recentemente.

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Como as estatísticas sobre bancos americanos costumam ser divididas entre os 100 maiores bancos e os demais, a distinção entre grandes (large, azul) e pequenos (small, vermelho) provavelmente se refere aos 100 maiores bancos ou não.

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Todos experimentaram um grande aumento nos ativos totais após a pandemia de coronavírus de 2020 até 2021, seguido por uma tendência mais suave. Os grandes bancos apresentaram uma pequena queda em 2022, mas recentemente voltaram a aumentar ligeiramente, mantendo os níveis anteriores. Os bancos menores mostram um aumento constante e gradual.

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A oscilação acentuada no gráfico de ativos totais dos bancos menores no início de 2023 se deve aos eventos de curto prazo relacionados à crise dos bancos regionais, iniciada com a falência do SVB.

O gráfico a seguir mostra a quantidade de dinheiro (reservas, cash) que os bancos de cada tamanho possuem em seus ativos.

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A linha verde representa a tendência das reservas totais de bancos comerciais mantidas na conta do Fed. Como o total é determinado pelos grandes bancos, as linhas azul e verde mostram uma tendência quase idêntica.

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Após a crise do coronavírus, até meados de 2021, o afrouxamento quantitativo levou a um influxo maciço de dinheiro, aumentando o dinheiro em todo o sistema bancário. A partir de 2022, o aperto quantitativo do Fed levou a uma redução gradual das reservas, fazendo com que tanto os grandes quanto os pequenos bancos começassem a diminuir seus estoques de dinheiro.

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Antes e depois da crise dos bancos regionais no início de 2023, a tendência de grandes e pequenos bancos, que era semelhante, começou a divergir.

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A tendência dos grandes bancos é quase equivalente ao movimento dos principais megabancos de Nova York, como JP Morgan, BoA e Citi.

A seguir, apresentamos a tendência dos ativos de empréstimos (loans and leases), que representam a maior parte dos ativos bancários. A linha amarela mostra a taxa de retorno dos títulos do Tesouro americano de 10 anos.

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Após a crise do coronavírus, a tendência dos ativos de empréstimos de grandes e pequenos bancos difere um pouco. Os grandes bancos viram um aumento acentuado nos empréstimos imediatamente após a crise, retornando ao nível anterior um ano depois, sugerindo que muitos empréstimos temporários relacionados ao coronavírus foram pagos. Os bancos menores mantiveram o aumento dos empréstimos por um tempo. A natureza dos grandes empréstimos que surgiram após a crise do coronavírus parece ter sido diferente.

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Uma tendência peculiar é que, exceto por uma ligeira queda nos empréstimos dos bancos menores imediatamente após a crise dos bancos regionais no início de 2023, eles continuam a aumentar gradualmente, enquanto os grandes bancos interromperam o crescimento de seus empréstimos em termos totais desde o final de 2022 e início de 2023.

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Falta de aumento na demanda por empréstimos? Ou há demanda, mas apenas aqueles que parecem ter crédito duvidoso estão se candidatando e, portanto, a aprovação de empréstimos é mais rigorosa? Ou seria uma questão regulatória?

A seguir, apresentamos a tendência das participações em títulos do governo. Isso inclui MBS, então podemos considerá-lo como uma tendência de títulos de alta qualidade de crédito.

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Os grandes bancos reduziram suas participações em títulos do governo desde o início de 2022, quando o Fed aumentou agressivamente as taxas de juros, até o final de 2023.

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Embora tenham diminuído nos últimos um ou dois meses, eles voltaram a aumentar gradualmente as participações em títulos do governo desde o final de 2023. Será que eles acreditam que as taxas de mercado não irão subir além dos níveis do final de 2023?

O gráfico a seguir mostra a tendência dos outros títulos (other securities).

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Parece que isso inclui títulos com classificação de crédito inferior a títulos do governo e MBS. Vi que também havia MBS aqui, mas no gráfico anterior, eram MBS de agências governamentais como Fannie Mae e Freddie Mac, enquanto aqui parecem ser de empresas privadas.

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De qualquer forma, a característica é que tanto os grandes quanto os pequenos bancos estão reduzindo o tamanho de seus outros títulos desde 2023. Considerando que seus ativos totais estão aumentando gradualmente, sua proporção em relação ao total de ativos deve estar diminuindo.

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Observando apenas os grandes bancos, é notável que, nos últimos dois anos, eles aumentaram as participações em títulos de alta qualidade de crédito, como títulos do governo e MBS, enquanto reduziram outras participações (títulos).

O gráfico abaixo mostra a tendência do endividamento externo por tamanho de banco. As duas linhas anexadas mostram a tendência do BTFP e do DW (janela de desconto) fornecidos pelo Fed aos bancos.

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O BTFP, que vence em março do próximo ano, está sendo pago em grande parte e está se aproximando de zero. Parece que a maioria deles está vindo dos bancos menores.

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No entanto, ao contrário dos bancos menores, os grandes bancos têm aumentado constantemente seus empréstimos externos nos últimos 18 meses. Será que eles estão simplesmente acumulando dinheiro, já que o aperto quantitativo ainda está em vigor? Ou há outras razões para isso...?

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Visto em conjunto com os outros gráficos, é incomum que os grandes bancos estejam aumentando suas participações em títulos do governo, mesmo que estejam obtendo fundos de fontes externas, enquanto reduzem outros títulos por um período de 18 meses a quase 2 anos.

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A tendência dos grandes bancos provavelmente reflete o comportamento dos principais megabancos. O que esses bancos estão observando para continuar essa tendência?